A palavra “artesanato” vem da junção das palavras “artesão” + “ato”. O artesão trabalha manualmente para a confecção uma peça. A matéria-prima utilizada por esse profissional é em sua maioria natural, podendo variar desde animal (como o couro) ao vegetal (como o bambu), há ainda aqueles que reaproveitam materiais industrializados (garrafas pet, tecidos sintéticos, etc.), o que se tornou uma forma de reciclagem.
O artesanato pode ser erudito (azulejos e vasos), popular (bijuteria) e folclórico (indígena), podendo ser manifestado de várias formas. No entanto, com a modernização da indústria, os trabalhos manuais tornaram-se menos lucrativos devido à demora na produção, logo o artesão viu-se sem espaço frente ao novo mundo, o mundo das máquinas.
Apesar disso, muitas famílias mantiveram essa prática secular e não deixaram a chama artística da tradição inerente em cada um dos membros apagar-se. Com poucos profissionais nessa área (menos que em outros períodos da História), os trabalhos artesanais nos grandes centros urbanos ficaram mais raros de se encontrar…
Com o passar do tempo, os olhos da sociedade voltaram-se para esse tipo de arte e por haver poucos profissionais, tornou-se até mesmo objeto de luxo possuir algum artigo artesanal.
Para a manufatura de uma peça, o artesão deve considerar, no mínimo, a carga de tempo gasta, a matéria-prima, muita técnica e amor, sem contar que a maior parte das peças são únicas, algumas feitas apenas por encomenda. Essas características do trabalho artesanal caíram como uma luva para o atual perfil social: as pessoas buscam cada vez mais EXCLUSIVIDADE. Esse fator alavancou a produção artesanal que se torna cada vez mais competitiva, principalmente com a indústria que aderiu ao mesmo movimento: de uma produção mais individualizada, em outras palavras, exclusiva!
Vera LOPES
Vera Handicraft 